segunda-feira, 9 de abril de 2012

Como devemos lidar com crianças que estão em fase terminal

As pessoas que lidam e tratam crianças com doenças terminais devem ter sempre em consideração que estas sabem o que lhes está a acontecer. Por isso, o melhor a fazer é deixar que sejam elas a ditar as regras, ou seja, se querem falar, ouvi-las, se querem estar sós, devemos as deixar, se querem chorar ou rir deixamos que o façam. Devemos tentar ser verdadeiros. As crianças doentes têm um “radar” que lhes diz quando os outros estão a ocultar a verdade. Devemos tentar escutar. Devemos tentar compreender. Lidar com a morte a aceitá-la como parte da vida é mais fácil para as crianças do que para os adultos. Isto talvez se deva ao facto de na sua inocência as crianças aceitam a aprendizagem da morte tal como aceitam qualquer outra coisa que lhes seja ensina. Confiando, sem experiencia da vida a criança não percebe o que perde com a morte e por isso a maior parte das vezes estará melhor preparada para lidar com o tempo que lhe resta do que olhar para o tempo que nunca terá.
Elizabeth Kubler-Ross menciona num dos seus estudos sobre o luto que nos dormitórios de crianças dos campos de concentração onde ela trabalhou durante a Segunda Guerra Mundial as paredes estavam cobertas com desenhos de borboletas. A autora acredita que essas crianças nos queriam deixar uma mensagem de esperança.
Talvez possamos aprender com a mensagem deixada por estas crianças.

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