Para Bromberg (2000) o significado dado á morte pelas crianças varia de acordo
com alguns fatores, entre os quais a idade, ou seja, o seu estado de maturação
psicológica. Outros dos fatores que têm influência são a forma como os adultos
lidam com a perda e o binómio quantidade/qualidade da relação da criança com a
pessoa que faleceu. Desta forma, assim que criança tenha idade suficiente para
estar vinculada, poderá ter consciência da possibilidade de perder essa pessoa.
A autora citada menciona que o medo da morte é originado no meda da criança
perder o(a) ente querido(a), de romper os vínculos.
Já
para Aberasturi (1978 citado por Bromberg, 2000) a criança tem
consciência da morte desde o início da infância, no entanto poderá não ser
identificada pelos adultos dado que é sempre expressa com os recursos da
criança. Uma vez que esta nem sempre fala da morte, no entanto poderá
representar a mesma de forma lúdica ou graficamente, ou até mesmo na forma de
sintomatologia psicossomática. A criança poderá também captar, por meio do
inconsciente, mortes ocorridas noutras gerações e que poderão constituir um
segredo familiar do qual ela também faz parte. Desta forma, cabe aos adultos
tentar reconhecer a inabilidade que a criança tem em falar sobre este assunto
ou entender esse processo, para que se dê à criança a compreensão do que é a
morte.
Para
que a criança compreenda a morte, com os recursos que a sua idade permite, ela
não deverá ser excluída da experiência de perda. Uma vez que isto faz com que
ela perceba a realidade. Sendo que, essa realidade será a que a criança puder
fazer, encontrando comportamentos e ações que dêem um significado à perda.
Já
para Bowlby (1981) a morte existe para que a criança sobre as mais
diversas formas, expresse sobre tudo o que sabe sobre esta. Uma consciência
natural que a criança tem sobre o que acontece neste estádio e uma aceitação
das emoções mais emergentes: sentir-se triste, desejar a permanência da pessoa
falecida, desejar fazê-la reviver.