A
despedida é uma celebração da vida e do amor. No entanto dizemos adeus àqueles
que amamos todos os dias, às crianças que vão para a escola, a um amigo que vai
de férias, entre muitas outras ocasiões em que dizemos adeus. Quando abraçamos
e dizemos adeus, estamos a fazer uma despedida, não para sempre mas por um dia
ou um tempo breve. Contudo, se soubéssemos que essa era a última vez, como nos
sentiríamos melhor se tivéssemos abraçado apertadamente e dito que gostávamos
muita dessa pessoa.
À
medida que a morte de alguém que nos é querido se aproxima, não é necessário
entrarmos em pânico. Em vez disso, devemos aproveitar para celebrar a vida e
dar as mãos àqueles que amamos. Podemos aproveitar o tempo que resta para
juntar alguns momentos de magia ao nosso livro de recordações e, quando o
crepúsculo cai e a lua se levanta e o (a) nosso (a) ente querido (a) que amamos
nos deixa, é reconfortante sabermos que o abraçamos e lhe dissemos adeus.
O
luto não é um inimigo mas um amigo. É um processo natural caminhar através da
dor e crescermos à medida que vamos caminhando. É preciso dizermos a nós
próprios e aos nossos amigos que nos deixem fazer o luto, dado que este é
importante para nós. Pois o caminho do luto é bastante longo. É como estarmos
num túnel longo e um pouco escuro. É preciso um grande esforço e dor para
conseguirmos caminhar nesse mesmo túnel. Caminhada esta, que não poderá ser
feita depressa e para muitos, parece demorar muito tempo. Se a pessoa que está
em luto tiver a ajuda de alguém amigo em quem confie, com quem possa partilhar
memórias e de quem receba carinho, isto poderá ser como as velas que se vão
acendendo na escuridão do túnel e que vão iluminando o caminho e dando
conforto.
Sem comentários:
Enviar um comentário