quinta-feira, 31 de maio de 2012

O que fazer quando nos apercebemos que a morte de alguém que nos é querido está a chegar?


A despedida é uma celebração da vida e do amor. No entanto dizemos adeus àqueles que amamos todos os dias, às crianças que vão para a escola, a um amigo que vai de férias, entre muitas outras ocasiões em que dizemos adeus. Quando abraçamos e dizemos adeus, estamos a fazer uma despedida, não para sempre mas por um dia ou um tempo breve. Contudo, se soubéssemos que essa era a última vez, como nos sentiríamos melhor se tivéssemos abraçado apertadamente e dito que gostávamos muita dessa pessoa.
À medida que a morte de alguém que nos é querido se aproxima, não é necessário entrarmos em pânico. Em vez disso, devemos aproveitar para celebrar a vida e dar as mãos àqueles que amamos. Podemos aproveitar o tempo que resta para juntar alguns momentos de magia ao nosso livro de recordações e, quando o crepúsculo cai e a lua se levanta e o (a) nosso (a) ente querido (a) que amamos nos deixa, é reconfortante sabermos que o abraçamos e lhe dissemos adeus.
O luto não é um inimigo mas um amigo. É um processo natural caminhar através da dor e crescermos à medida que vamos caminhando. É preciso dizermos a nós próprios e aos nossos amigos que nos deixem fazer o luto, dado que este é importante para nós. Pois o caminho do luto é bastante longo. É como estarmos num túnel longo e um pouco escuro. É preciso um grande esforço e dor para conseguirmos caminhar nesse mesmo túnel. Caminhada esta, que não poderá ser feita depressa e para muitos, parece demorar muito tempo. Se a pessoa que está em luto tiver a ajuda de alguém amigo em quem confie, com quem possa partilhar memórias e de quem receba carinho, isto poderá ser como as velas que se vão acendendo na escuridão do túnel e que vão iluminando o caminho e dando conforto.
É necessário que a pessoa enlutada não se deixe influenciar pela opinião dos outros. É necessário que viva com as suas memórias, fazendo o seu próprio luto.

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